segunda-feira, 21 de maio de 2012

Desvendando métodos de pesquisa #3 (Grupo focal, história oral e estudo de caso)

Na segunda parte da nossa série, vamos falar sobre mais três métodos bastante utilizados para pesquisas em comunicação: grupo focal, história oral e estudo de caso.


  • Grupo Focal
O grupo focal é um método qualitativo de pesquisa, bastante usado na área de marketing. Basicamente, grupos focais são pequenos grupos de pessoas reunidos para avaliar conceitos e identificar problemas. 
Um exemplo da aplicação de grupos focais é para medir o nível de aceitação em telenovelas, de tempos em tempos a produção promove o encontro de grupos focais para pesquisar como anda a imagem de certos personagens e núcleos da novela. Isso faz com que as tramas se modifiquem a cada encontro. Já perceberam que a trajetória de certos personagens começam a mudar e fazem com que eles se mostrem, ao final da novela, bem diferentes do que eram no início?


Bibliografia sugerida:
CANALES, Manuel; PEINADO, Anselmo. Grupos de discussión. In: DELGADO, Juan Manuel; GUTIÉRREZ, Juan (org.). Métodos y técnicas cualitativas de investigación en ciencias sociales. Madri: Síntesis, 1995.
COSTA, Maria Eugênia Belczak. Grupo focal. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.
DIAS, Cláudia. Grupo focal: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas.Informação e sociedade. V.10, n. 2. João Pessoa: UFPB, 2000.
GASKELL, George. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.


  • História Oral
A história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspectos da história contemporânea. As entrevistas de história oral são tomadas como fontes para a compreensão do passado, ao lado de documentos escritos, imagens e outros tipos de registro. O trabalho com a metodologia de história oral compreende todo um conjunto de atividades anteriores e posteriores à gravação dos depoimentos. Exige, antes, a pesquisa e o levantamento de dados para a preparação dos roteiros das entrevistas.


Bibliografia sugerida:
BECKER, Howard S. Métodos de pesquisa em ciências sociais. 3.ed. São Paulo: Hucitec, 1997.
CASSAB, Latif. Indivíduo e ambiente: a metodologia de pesquisa na história oral.Biblos. Vol. 16. Rio Grande: Editora da FURG, 2004.
GALINDO CÁCERES, Luís Jesús. Sabor a ti: metodologia cualitativa en investigación social. Xalapa: Universidad Veracruzana, 1997.
GOBBI, Maria Cristina. Método biográfico. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.
HAGUETE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 2003.
SANTAMARINA, Cristina; MARINAS, José Miguel. Historias de vida e historia oral.In: DELGADO, Juan Manuel; GUTIÉRREZ, Juan (org.). Métodos y técnicas cualitativas de investigación en ciencias sociales. Madri: Síntesis, 1995.
  • Estudo de caso
O método de estudo de caso também é considerado um método de análise qualitativa e consiste em organizar dados sociais preservando o caráter unitário do objeto social estudado" (GOODE & HATT, 1969, p.422).


Bibliografia sugerida:
DUARTE, Marcia Yukiko Matsuuchi. Estudo de caso. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.
FACHIN, Odília. Fundamentos de metodologia. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
GILL, Rosalind. Análise de discurso. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.).Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
PÁDUA, Elisabete Matallo Marchesini de. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática. 6.ed. São Paulo: Papirus, 2000.
PÉREZ SERRANO, Gloria. Investigación cualitativa: métodos y técnicas. Buenos Aires: Editorial Docencia, 1994.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1997.
VANOYE, Francis; GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 1994.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.


Fontes:
Blog "monografando", acessado em 17/05/2012.
"CPDOC FGV", acessado em 17/05/2012.
"Wikipedia", acessado em 17/05/2012.
"FECAP", acessado em 17/05/2012.
Artigo "Método do Estudo de Caso (case studies) ou Método do Caso (case studies)? Uma análise dos dois métodos de Ensino e Pesquisa em Administração.", acessado em 17/05/2012.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Correntes teóricas de estudo da comunicação

Uma pausa na série sobre os  métodos de pesquisa, para postar um texto sobre as correntes teóricas de estudo em comunicação. O conteúdo do artigo é bastante interessante, e destaco o quadro 3 (representado abaixo), que identifica as correntes teóricas da comunicação e categoriza pelos nomes dos pesquisadores, país de origem e época.




O artigo foi escrito por Carlos Araújo (Professor adjunto da Escola de Ciência da Informação da UFMG. Doutor em Ciência da Informação, mestre em Comunicação Social, jornalista. Membro do GRIS, Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade da UFMG) e se encontra disponível no site Univerciência, que é um portal de revistas de acesso aberto em ciências da comunicação.
Clique para acessar o artigo "Correntes teóricas de estudo em comunicação".


segunda-feira, 16 de abril de 2012

Desvendando métodos de pesquisa #2 (Entrevista, Questionário, Etnografia)

Na segunda parte da nossa série, vamos falar sobre mais três métodos bastante utilizados para pesquisas em comunicação: a entrevista, o questionário e a etnografia.


  • Entrevista
A entrevista é um método utilizado na pesquisa qualitativa, e, embora não haja obrigatoriedade em seu uso, ela ainda é bastante requisitada. É necessário que haja planejamento e é preciso que alguns órgãos façam a análise do teor da entrevista. O projeto precisa de um parecer de um Comitê de Ética em Pesquisa e estar de acordo com o roteiro preconizado pelo Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Saúde e Comissão Nacional de Ética em Pesquisa.¹

#dica
vejam o artigo "O uso de entrevista, observação e videogravação em pesquisa qualitativa", escrito por Renata Aparecida Belei, Sandra Regina Gimeniz-Paschoal, Edinalva Neves Nascimento e Patrícia Helena Vivan Ribeiro Matsumoto.

Bibliografia sugerida:
BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de survey. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
ALONSO, Luis Enrique. Sujeto y discurso: el lugar de la entrevista abierta en las prácticas de la sociología cualitativa. In: DELGADO, Juan Manuel; GUTIÉRREZ, Juan (org.). Métodos y técnicas cualitativas de investigación en ciencias sociales.Madri: Síntesis, 1995. 
DUARTE, Jorge. Entrevista em profundidade. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. 
FLICK, Uwe. Entrevista episódica. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.).Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
GASKELL, George. Entrevistas individuais e grupais. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002.
HAGUETE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 
JOVCHELOVITCH, Sandra; BAUER, Martin. Entrevista narrativa. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som:um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. 
MANN, Peter. Métodos de investigação sociológica. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. 
SUTIL, Carlos Rodríguez. La entrevista psicológica. In: DELGADO, Juan Manuel; GUTIÉRREZ, Juan (org.). Métodos y técnicas cualitativas de investigación en ciencias sociales. Madri: Síntesis, 1995. 
TAYLOR, S. J.; BOGDAN, R. Introducción a los métodos cualitativos de investigación: la búsqueda de significados. Barcelona: Paidós, 1996. 
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1997.

  • Questionário
O questionário é: uma série de perguntas que devem ser respondidas por escrito, sem a presença do pesquisador.

Bibliografia sugerida:
BABBIE, Earl. Métodos de pesquisas de survey. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
MANN, Peter. Métodos de investigação sociológica. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. 
NOVELLI, Ana Lucia Romero. Pesquisa de opinião. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. 
PÁDUA, Jorge. Técnicas de investigación aplicadas a las ciencias sociales. 5.ed. México: Fondo de Cultura Económica, 1993. 
POWELL, Ronald R. Basic research methods for librarians. 2.ed. Norwood: Ablex Publishing, 1991.
  • Etnografia
A etnografia baseia-se na observação direta do comportamento e do desenvolvimento humanos – individual e grupal – e na produção de uma descrição escrita do resultado da observação, mantendo uma dimensão ampla e compreensiva dos fenômenos tratados em seu enfoque cultural. A ideia de cultura é central para a pesquisa etnográfica.²

Bibliografia sugerida:
AGUIRRE BAZTÁN, Ángel. Etnografia: metodología cualitativa em la investigación sociocultural. Barcelona: Marcombo, 1995.
BEAUD, Stéphane; WEBER, Florence. Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos. Petrópolis: Vozes, 2007.
GALINDO CÁCERES, Luís Jesús. Sabor a ti: metodologia cualitativa en investigación social. Xalapa: Universidad Veracruzana, 1997. 
HAGUETE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 
LAGO, Cláudia. Antropologia e jornalismo: uma questão de método. In: LAGO, Cláudia; BENETTI, Marcia (org.). Metodologia de pesquisa em jornalismo.Petrópolis: Vozes, 2007. 
PÉREZ SERRANO, Gloria. Investigación cualitativa: métodos y técnicas. Buenos Aires: Editorial Docencia, 1994.
TRAVANCAS, Isabel. Fazendo etnografia no mundo da comunicação. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.


Fontes:
¹Artigo "O uso de entrevista, observação e videogravação em pesquisa qualitativa", acessado em 16/04/2012.
² Blog "Um olhar psicopedagógico", acessado em 16/04/2012.
Blog "Monografando", acessado em 16/04/2012.



quarta-feira, 28 de março de 2012

Desvendando métodos de pesquisa #1 (Pesquisa bibliográfica, Análise documental e Pesquisa participante/ação)

Uma das dificuldades na hora de iniciar uma monografia, é definir o método ou a técnica que será utilizada para a realização da sua pesquisa. Alguns alunos encontram dificuldade em saber no que consiste cada método e, consequentemente, tendem a demorar na sua escolha.


Para facilitar um pouco essa questão, a ideia é montar um mapa bibliográfico com os principais métodos utilizados em pesquisas de comunicação junto com uma descrição breve sobre cada um.


Hoje, vamos falar sobre pesquisa bibliográfica, análise documental e pesquisa participativa.


  • Pesquisa bibliográfica
A pesquisa bibliográfica abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos, etc. Tem por objetivo conhecer as diferentes contribuições científicas disponíveis sobre determinado tema. Ela dá suporte a todas as fases de qualquer tipo de pesquisa, uma vez que auxilia na definição do problema, na determinação dos objetivos, na construção de hipóteses, na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final.

Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura.¹ A boa é fazer fichamentos e resenhas, para ajudar na organização das ideias.

Bibliografia sugerida:

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
STUMPF, Ida Regina C. Pesquisa bibliográfica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005.

  • Pesquisa documental
Vamos facilitar? Pesquisa documental = pesquisa de documentos.

Ela deve ser feita quando o pesquisador necessita identificar informações factuais em documentos, a partir de questões que sejam do interesse da pesquisa. Sua utilização deve ser feita quando o acesso aos dados é problemático, quando se pretende ratificar informações e quando interessa investigar a expressão do sujeito. Godoy (1995, p39)
 #dica

É preciso ter em mente que nem sempre os documentos retratam a realidade. Por isso, é importantíssimo tentar extrair das situações as razões pelas quais os documentos foram criados. Os documentos podem fornecer “pistas’sobre outros elementos. Locais como bibliotecas e arquivos públicos e privados são ricos neste tipo de documentação. Para muitos estudos, torna-se necessária a consulta de documentos oficiais, documentos pessoais, jornais, publicações e outros materiais de natureza diversa. A consulta a enciclopédias, dicionários e vocabulários especializados é também de grande utilidade, uma vez que tais fontes, freqüentemente, contêm indicações de outras referências bibliográficas que poderão ser úteis a você.²


Bibliografia sugerida:

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
LOIZOS, Peter. Vídeo, filme e fotografias como documentos de pesquisa. In: BAUER, Martin W.; GASKELL, George (org.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático. Petrópolis: Vozes, 2002. 
MANN, Peter. Métodos de investigação sociológica. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.
MOREIRA, Sonia Virgínia. Análise documental como método e como técnica. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em Comunicação. São Paulo: Atlas, 2005. 
TAYLOR, S. J.; BOGDAN, R. Introducción a los métodos cualitativos de investigación: la búsqueda de significados. Barcelona: Paidós, 1996.

  • Pesquisa-participante x Pesquisa-ação
Pode acontecer de você encontrar bibliografias que tomem pesquisa-ação e pesquisa participante como sinônimos, pois ambas envolvem um modo cooperativo de agir. Porém, estas duas pesquisas não podem ser confundidas. 


-Pesquisa-participante

Se baseia numa metodologia de observação participante em que os pesquisadores estabelecem relações com pessoas ou grupos envolvidos na situação investigada mais especificamente na tentativa de se fazerem aceitos pelo grupo considerado.
Se você optar por este tipo de pesquisa, lembre sempre isto: assim como a pesquisa-ação, a pesquisa participante caracteriza-se pela interação entre os pesquisadores e os membros das situações investigadas, porém não é exigida uma ação por parte das pessoas ou grupos especificados na sua pesquisa. Esse envolvimento é essencial na pesquisa-ação!
Na pesquisa participativa, o tema que você escolher deverá indicar, de partida, a fundamentação teórica que orientará uma pesquisa em que os indivíduos a serem observados passam a constituir, eles próprios, o objeto máximo de estudo. Você deverá procurar promover a participação de todos, mergulhando profundamente na cultura e no mundo dos sujeitos de pesquisa.²

-Pesquisa-ação

A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa (de caráter empírico) que investiga problemas emergentes dos interesses do grupo participante. Trata-se de uma forma de pesquisa social que você pode utilizar se quiser desenvolver ações ou resolver um problema coletivo, envolvendo os participantes representativos da situação ou do problema investigado de modo cooperativo e participativo. Geralmente este tipo de pesquisa supõe uma forma de ação planejada, de caráter social, educacional, técnico, etc.²

"Pesquisa-ação segundo Souza e outros (2008): observação, análise, coleta de dados, identificação e definição de problemas, planejamento de ações, execução e avaliação em conjunto. Segundo Barbier (1996): “... permite avanços no diálogo técnico, ampliando a percepção dos atores envolvidos quanto à realidade dos agricultores, a ponto de produzir conhecimentos para transformá-la”."³

Bibliografia sugerida:

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002.
BECKER, Howard S. Métodos de pesquisa em ciências sociais. 3.ed. São Paulo: Hucitec, 1997. 
HAGUETE, Teresa Maria Frota. Metodologias qualitativas na sociologia. 9.ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 
MANN, Peter. Métodos de investigação sociológica. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. 
PASK, Gordon. Metodología participante con rigor. In: DELGADO, Juan Manuel; GUTIÉRREZ, Juan (org.). Métodos y técnicas cualitativas de investigación en ciencias sociales. Madri: Síntesis, 1995. 
PERUZZO, Cicilia Maria Krohling. Observação participante e pesquisa-ação. In: DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org.). Métodos e técnicas de pesquisa em ComunicaçãoSão Paulo: Atlas, 2005. 
TAYLOR, S. J.; BOGDAN, R. Introducción a los métodos cualitativos de investigación: la búsqueda de significados. Barcelona: Paidós, 1996. 
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1997.


Fontes:
Blog "Monografando", acessado em 28/3/2012;
¹ Wikipedia, acessado em 28/3/2012;
² Blog "Um olhar psicopedagógico", acessado em 28/3/2012;
³ Wikipedia, acessado em 28/3/2012.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Metodologia da Pesquisa e Monitoria 2012


Este projeto visa consolidar as atividades de monitoria para atuação em basicamente todas as disciplinas obrigatórias e optativas, pois a produção de trabalhos acadêmicos (fichamentos, resenhas, ensaios, artigos, monografias e seminários temáticos) exige certa disciplina e organização de estudos cujos procedimentos básicos estão associados ao conteúdo da disciplina obrigatória Metodologia da Pesquisa. O conteúdo das disciplinas optativas converge para Metodologia da Pesquisa, pois o aluno deve aprender a lidar com a transdisciplinaridade do campo e ser capaz de pensar, organizar e ofertar produtos de Mídia em diálogos com as novas tecnologias.


Em 2012 pretendemos criar um laboratório de projetos. O objetivo é dar maior visibilidade à organização de trabalhos práticos e os de natureza stritu sensu acadêmica por parte dos alunos. A opção por essa estratégia tem como meta orientar os alunos na condução dos seus interesses profissionais e de estudo, com a produção textual de um projeto próprio de pesquisa e/ou de montagem de um produto de mídia. Assim, eles podem chegar ao final do curso sabendo conduzir seus trabalhos de conclusão de curso na direção do mercado ou dos programas de Pós Graduação. Em 2011 criamos um blog para mediar nossa relação (http://experimentandometodos.blogspot.com/) com os alunos. Agora é preciso criar um espaço de concreto, com encontros semanais, para os alunos debaterem com o docente e seu(s) monitor(es) seus futuros trabalhos de fim de curso.






Atribuição do monitor:


O(s) monitor(es), em nosso projeto, atuaria em duas frentes: a) como auxiliar docente, se engajando na tarefa de auxiliar na elaboração de um laboratório que funcionasse como um espaço complementar a sala de aula durante os cursos. O laboratório seria um lugar de leitura e apresentação dos textos teóricos com o docente e o monitor aos alunos a escolherem e recortarem tais textos de acordo com os seus interesses temáticos. b) como produtor de material de apoio didático a ser desenvolvido e distribuído em sala de aula e bem como na sua divulgação através do espaço cibernético, no caso, o blog, que projetamos transformar num produto audiovisual. A idéia é que o monitor desenvolva suas habilidades cognitivas como produtor de conteúdo e crie textos, cite fontes bibliográficas, notícias, sites, use imagens etc. Para isso, é fundamental que esse conteúdo possa ser armazenado e disponibilizado em um cibernético para consulta pública.


Cronograma de trabalho do monitor:


Atividades a serem desenvolvidas semanalmente: Reuniões com o professor orientador; levantamento, preparação e divulgação do material a ser utilizado nas aulas; participação efetiva nas aulas das disciplinas; auxiliar na elaboração do material didático para apoio das aulas, disponibilizado através do blog da disciplina; disponibilização do material no blog da disciplina Atividades a serem desenvolvidas no decorrer dos semestres: preparar relatórios periódicos; Exercício da docência; auxíliar aos alunos na elaboração seminários, bem como aos seus projetos de Monografia e TCC. Auxiliar na tarefa de dar visibilidade à disciplina Metodologia da Pesquisa ressaltar a importância disciplina perante aos alunos da graduação. atuar como articulador e mediador entre as disciplinas; preparar de material para apresentação na Semana de Monitoria; Apresentação na Semana de Monitoria.


Metodologia de acompanhamento e avaliação:


As avaliações serão feitas em reuniões semanais com o orientador. Nestas reuniões serão definidos procedimentos para orientação de pesquisa e atividades práticas, bem como para atividades docentes, e discussão de textos selecionados. observação da atuação do monitor em sala de aula, como assessor no processo de aprendizagem. Para verificar o grau de engajamento do aluno nestas atividades serão adotados critérios como: pontualidade, assiduidade, atenção dada aos alunos, empenho na preparação das discussões prévias, elaboração de projetos e auxílio nas atividades práticas de pesquisa, de cunho empírico e teórico. relatórios periódicos do monitor, que serão avaliados e discutidos com o orientador, acerca das atividades desenvolvidas no período; acompanhamento, pel professor, da produção de conteúdo para mídia digital, a ser disponibilizada semanalmente pelo monitor no blog; produção de um artigo para apresentação na Semana de Monitoria, acerca das atividades e reflexões desenvolvidas no projeto. participação em eventos acadêmicos nos quais sejam permitidos alunos de graduação, como o INTERCOM.


Professor Orientador:


Marco Antonio Roxo Da Silva

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Referências Bibliográficas

Este é um breve guia sobre como incluir referências em ensaios acadêmicos para informações usadas de outros autores/fontes.


Quando usar referências?

A fonte deve ser reconhecida cada vez que a observação feita, os dados usados ​​ou outras informações, são de outro escritor. Usar a referência permite fazer uma distinção entre as próprias idéias do autor e trechos extraídos de trabalhos outros.



Como usar referências?


Existem diferentes convenções de referência. Este guia assume adotando princípios gerais "Autor-data". Notas de rodapé não devem ser usadas para fazer referências, mas para apontar para informações adicionais ao texto e deve ser indicada por números levantados (1, 2, etc). No entanto, notas de rodapé devem ser mantidas a um mínimo. Ao citar a sua fonte no texto, deve-se estar escrito apenas o sobrenome do autor (s) e a data de publicação entre parênteses. 

Exemplo 1: Nossas escolas focam na criança como um todo, não apenas suas habilidades acadêmicas (Catt, 2011).

¹ Este guia foi baseado no manual de 2002, de Referência e Bibliografias e 2011 Manual do Curso de o Student Learning Centre da Universidade de Leicester.



Exemplo 2: Knapper e Cropley (1991, p.44) acreditam que a disposição dos adultos para aprender é afetados por suas atitudes.

DICA: É importante incluir na referência a página específica da fonte quando é considerado um ponto específico ou parte de textos palavra por palavra citada (citação direta), independentemente do tamanho do texto a ser citado. Isto dá ao leitor a oportunidade de encontrar o lugar especial no texto onde o ponto referido é feita. Citação direta requer o uso de aspas.




Exemplo 3: "O plágio é levar o trabalho de outra pessoa e usá-lo como se fosse a própria de tal forma a enganar o leitor "(University of Leicester, 2011, p.30).


Ao citar informações online, você deve usar o nome do autor (individual, grupal ou organização) e da data.


Exemplo 4: Não está claro como o esquema será financiado (BBC News Online, 2011)






Lista de referência/Bibliografia


Após o texto inteiro, a bibliografia deve ser listada com todas as obras citadas, seja através da citação direta ou indiretamente, ao longo do texto. É uma lista de referência em ordem alfabética por sobrenome dos autores. A lista não deve conter detalhes de qualquer publicação ou outras fontes do que as previstas no texto.


Referências Livro  incluir os nomes dos autores, a data de publicação, o título do livro, o lugar da publicação e o nome da editora. O título do livro deve ser em itálico.


Exemplo:. Catt, J. Escolas preparatórias no Reino Unido. 2011. Glasgow.: John Catt Educacional.


 Uma referência a um capítulo ou artigo dentro de um livro editado deve incluir também o editor, os números de primeira e última página do artigo ou de papel. É o do livro nome que não está em itálico, o título do capítulo ou artigo dentro do livro. 


Exemplo: Macedo, LV (2011). Contexto parágrafo Construções Sustentáveis. Em Freitas, PG (ed.), Construindo Cidades Verdes: Manual de Políticas Públicas parágrafo Construções Sustentáveis. São Paulo: ICLEI, pp 1-13.


 Quando se refere a artigos de jornal, também incluem o nome e o número de volume de a revista e as primeira e última página do artigo. A editora e local de publicação não são necessários. O nome do periódico em itálico, e não o título do artigo.


Exemplo: Liebes, T., & Livingstone, S. (1998). Novelas europeu: o diversificação de um Jornal gênero. Europeu de Comunicação, 13 (2), pp 147-180. 


 Quando se refere a Páginas Web deve incluir o autor da informação (individual, grupal ou organização), o título, o endereço web, bem como a data a página foi acessada.


Exemplo: Charlton, Alan. (2011). Parceria los Ciências. Acessado em 22/11/2011. Disponível em http://blogs.fco.gov.uk/roller/charlton/entry/parceria_em_ci% C3% AAncias


 Jornais: se o nome do autor é conhecido, a referência deve começar com ele. Se o nome do autor não está disponível, a referência deve começar com o título ou o título em a posição de autor. Se o artigo está disponível online, é importante para colocar o link da web no de referência.


Exemplo: Chacra, G. (2011, 22 de Novembro). EUA e Aliados impõem Novas sanções AO Ira, O Estado de São Paulo, p. A15. 


 filme/vídeo: é necessário citar o nome do diretor, o tipo do vídeo, título, e a empresa de distribuição.


Exemplo: CAPRA, F. (Director). (1946). É uma vida maravilhosa (Film). RKO.

Este guia foi traduzido para português e encontra-se disponível aqui 

Versão traduzida de referencing-manual.pdf


terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os dez mandamentos da observação participante

"Que este livro sirva de "aviso" e inspiração a todos aqueles que queiram se lançar na aventura da observação participante." VALLADARES, Licia


Neste post, 2 downloads de resenhas e um ótimo guia para pesquisa de campo:

DOWNLOAD.


RESUMO


1) O estudo de caso necessita de tempo. A observação participante implica necessariamente um processo longo. O tempo é pré-requisito para uma fase exploratória da área, até a entrada em campo, também para os estudos que envolvem comportamento e ação de grupos, para se compreender a evolução do comportamento de pessoas e grupos.

2) O pesquisador não dispõe de total intimidade e domínio da área. O pesquisador equivoca-se ao pressupor que dispõe do controle da situação no território a ser pesquisado, desconhecendo muitas vezes as teias de relações que marcam a hierarquia e relações de poder e a estrutura social do local.

3) A observação participante supõe a interação pesquisador/pesquisado. As informações que obtém, dependerão do seu comportamento e das relações que desenvolve. Uma autoanálise faz-se, portanto, necessária e convém ser inserida na própria pesquisa. A presença do pesquisador tem que ser justificada e sua transformação em nativo não se verificará, pois por mais que se pense inserido, haverá sempre questionamentos, “curiosidades” e, quando não, a desconfiança.

4) Devem-se assumir as diferenças. Por isso mesmo o pesquisador deve mostrar-se diferente ao grupo pesquisado. A intenção de imersão total para tentar ser igual ao grupo pesquisado são esforços que muitas vezes não trazem bons resultados nas relações. Não deve enganar aos outros, nem a si próprio.

5) Uma observação participante não se faz sem um “DOC”. É necessário um intermediário local, que além de mediador, com certo tempo, passa a ser colaborador da pesquisa, esclarecendo algumas incertezas ao longo da investigação.

6) O pesquisador é um observador que está o tempo todo sendo observado. O pesquisador quase sempre desconhece sua imagem junto ao grupo pesquisado. Seus passos durante o trabalho de campo são conhecidos.

7) A observação participante significa ouvir, escutar, ver, fazer uso de todos os sentidos. As entrevistas formais muitas vezes são desnecessárias.

8) Uma rotina de trabalho é fundamental. O pesquisador deve observar e anotar sistematicamente. Sua presença contribui para gerar confiança na população estudada.

9) Deve-se refletir sobre os erros. O pesquisador aprende com os erros que comete durante o trabalho de campo. E é necessário refletir sobre o porque de um silencio, um afastamento ou desacertos.

10) O resultado de uma pesquisa gera um fruto para consulta e o mais importante são as relações. O que fica de fato são as relações vividas durante o trabalho de campo, e em geral o resultado final, também apresenta um material para consulta dos interessados.


      DOWNLOAD.